Um canto de dor por não ter liberdade
Por não poder voar e pousar nas árvores mais altas
Por não ter como escolher e ser refém de um tirano!
Queria ser como o beija-flor que voa livre
Voa livre e tem um jardim repleto
Onde ele se satisfaz beijando as mais belas flores
Beijando as flores que eu nem posso ver.
Meu canto é um protesto
Este mesmo canto que meu tirano regozija-se
Que a cada dia se enfraquece
Perdendo forças por falta de felicidade.
Quando tudo é solidão e a esperança quase morreu
Eu acredito em um novo dia
E mesmo sofrendo não desisto
De um dia encontrar a tão sonhada liberdade!
Vou me reduzir ao meu triste lamento
Guardando meu coração ferido
Tentando cicatriza-lo com doses homeopáticas de esperança
De um dia beber a água que corre na cabeceira do riacho. Helder Souto